segunda-feira, julho 31, 2006

Dorzinha pouca

Dorzinha Pouca é bobagem. Estou tão carente que chega doer....Dorzinha pouca (é que sou manhosa), mas que me traz saudades, muitas, muitas, muitas saudades.... Estou a um passo de desistir da psicoterapia, estou cansada de ouvir :" mas, o teu pai não vai voltar..." Ontem chorei compulsivamente, o único homem que amei, que me amou, vou continuar pedindo pra ele voltar logo...E foda-se o que os humanos pensam ou dizem, tenho que acreditar em algo , sair do "pause"!! Ela também acha que fui muito mimada por ele. Acho que fui mesmo. As vezes custo par aceitar um não. Mas apesar disso sou bem realista, sei que cheguei no limite.
Quero mudar, não ter hora pra ir, nem pra voltar, esquecer o relógio, o tempo, as datas comemorativas....Hoje volto a escrever, sou uma artista, tenho que ir onde o povo está. Volto a escrever para amenizar a dor que sinto, expulsar o silêncio de dentro de mim...Falar de amor, de dor, da força que brota na minha alma, que vem não sei de onde, e vai para não sei quem.... Mas, esta é minha missão: escrever. Como se fosse um trabalho voluntário, como se fosse meu diário, come se fosse minha coluna social na revista mais chique da cidade.... Carência vontade abraçar forte, encher de beijos...sentir paz, aquela paz... Vou ler mais, assim a psicóloga desiste de teimar comigo, já que ela disse que sei tudo...só faltar colocar em prática! E agora durma-se com um barulho desses....

domingo, julho 30, 2006

Apaixonada

Bem que me avisaram para não olhar nos olhos...Agora é tarde. Queria escrever aquela frase da Clarah: "Disse meu nome e...",mas é impróprio, há muitas crianças na sala...A Clarah tem razão, homens não amam mulheres que fazem isso..."ele o homem da sua vida..."E hoje vou contra as regras, afinal não regras. não para mim...Vou te sentir só mais uma vez...uma vez é bom, pois o que é demais é chato. Sem palavras...só o silêncio do teu olho...quero ficar por instantes na tua íris...e depis não deixa eu ir...tenho um péssimo hábito de sair de cena... fujo das batalhas, sempre volto para o conformismo, e depois me arrependo... Aproveite agora, ainda estou mansa, fácil, morna...Amanhã com certeza vou te odiar...revirar tua vida, quebrar tuas taças,e todas as garrafas de vinho. Vou rasgar todos os teus papéis, dos documentos mais importantes até até a nota fiscal do pãozinho da esquina...Você vai implorar que eu desapareça... por horas...e depois vai me querer novamente. E eu gosto mesmo de você bem do jeito que você é...Deixe eu ficar aqui hoje...não fale nada...demonstre! Estou aqui sentada tentando aprender alguma coisa com a Clarah, mas ela não tem o manual, nem o antídoto...Leio, leio,releio e não encontro a fórmula...com você não há táticas, estratégias...Estou sem munição... Odeio essa insegurança, não ter o controle...Esse teu jeito prático indiferente odeio estar envolvida, ameaçada, perdida..e quem sabe apaixonada, possivelmente apaixonada.... Grazi Dusurf

Seguir

Bom, como diz minha amada avó: “não adianta tapar o sol com a peneira”. Então vamos parar de cortejar a insanidade e dar um basta nisso tudo. Ele não me quer mais, claro que não era esta frase que eu gostaria de estar escrevendo, mas cá estamos sendo verdadeiros, e caindo(quase que literalmente) na real.
Chega de ficar se lamentando, alimentando sonhos que um dia foram e hoje não são mais, embora eu ainda sonhe. Basta de ligar, procurar ficar mutilando a alma, como se pedisse um trocado na sinaleira da esquina. Chega de falar dele, nele, ele. Chega!
Me proponho agora a sentar e assistir, como já fiz tantas vezes. Hora de esperar as voltas que o mundo dá. O tempo é o nome do meu aliado agora, só ele vai me dizer quem estava certo ou errado. O tempo diz coisas que os dias desconhecem. Então, vou deixar ele – o tempo – me contar o final desta história.
Quero levantar minha casa, minha oca, minha taberna, e por que não, meu castelo. Vou construir algo sólido onde eu possa sustentar meu corpo. E por incrível que pareça cheguei aos trinta e agora me deu conta disso. Não há mais o que esperar logo vem os quarenta.
Dos caminhos que trilhei este não vai ser o mais cruel, porque o mais cruel eu venci, e hoje estou aqui a escrever graças a ele. Que venham os bons ventos, estou aberta á eles.
Sem me enganar, disfarçar ou achar uma desculpa. Caí é pronto. Dói? Dói!! E como dói, parece até que arde. Prefiro a ferida aberta cicatrizar sozinha, a ter que colocar ataduras, pois elas sempre caem.
Começa uma nova etapa, levantar é um mérito. Reconhecer a queda é uma grandeza.
Não há herói que não tenha se machucado. Não somos perfeitos, todas as criaturas estão no mesmo barco procurando, amor, sexo, reconhecimentos, segurança, justiça e liberdade. Algumas coisas iremos conquistar, outras não.

sexta-feira, julho 28, 2006

Te escrever

Queria fazer mesmo como diz a música, queria te gravar em mim...agora! "Eu só fiquei aqui, porque nós dois somos iguais..." Você é a minha poesia, o conto que não consigo terminar...te reinvento todos os dias, tentando talvez por descuido te sentir mais perto...Não sei até quando vou aguentar, ficar assim inerte, desejando ouvir tua voz...palavras escritas já não me bastam, preciso decidir entre partir e ficar...deixar ou arriscar...Meu sorriso já depende do seu, meus sonhos não filtram mais seu corpo...preciso te ver! Vou pular a janela e pegar o próximo trem. A Estação já está acostumada com despedidas, lágrimas nos olhos, sentimentos de perda ...vou até você pela manhã, vou aproveitar teu mau humor matinal, vale a pena só pra ver essa tua cara de sono...caminhando de pés descalços pela cozinha...coçando os olhos para tentar acordar...Quero te tranformar em livro...quero te escrever todos os dias, um pouquinho por vez...te dissertar...obedecer tua gramática...teu português mudo, que não me diz nada, só gesticula...Depois do texto pronto, te guardo sob o travesseiro, te faço de amoleto e não te deixo mais!

quinta-feira, julho 27, 2006

Apática

Algumas coisas estão mudando, e mesmo nessa minha aparente inércia, me mostro preocupada! Continuo eu mesma, mas com outra por dentro...parece um ser feliz e amável querendo brotar. O que há de errado nisso? Gostaria de saber por que estou tão precocupada agora? Tenho andado muda, quieta, sem luzes, representações ou máscaras...Minhas lágrimas não caem, por mais que eu tenha vontade de deixá-las sair...Parece que vai passar, mas não...tem algo que aperta meu coração, principalmente a noite, quando minha alma se desliga do corpo...á noite quando te procuro por todos os cantos, e só te encontro dentro, bem dentro, lá escondido pelo dia, pelo racional...por esse mundo que quero escapar.Meus olhos precisam dos teus, mas agora não mais por instantes...teus olhos por toda a vida! Desprendi os nós e agora não consigo seguir..Ir até você, pegar tua mão, te abraçar eternamente...Até quando essa dor...justa dor! se for pra ficar contigo, beijar tua boca, ficarei assim nesse estado de queda, por dias e noites...Até te ver chegar, entrar no meu peito e aliviar o que aperta meu coração...Já não sou eu, não há mais orgulho. Tenho aqui um sentimento para te entregar, te doar...simplismente por amor, para amar...Amar teu rosto, tua voz, teu olhar cansado, por vezes triste...Amar o sentimento que virou verdade, que brotou sem razão, que aduba essa alma e alimenta essa dor...Meu desejo de te ver feliz, vai além do real, além de mim mesma, além do que você possa imaginar...Não quero nada...não peço respostas...se você vier amanhã já estarei feliz...se você sorrir já estarei feliz...pelo simples fato de estar amando... Grazi Dusurf

Será o caso

Será o caso
mudar o armário
não ter horário
ser de ninguém

Será o caso
esquecer a cor
espremer a dor
lacrar o coração

Será o caso
mentir a verdade
esquecer a vontade
viver de solidão

Será o caso
ainda com gosto
experimentar o desgosto
ao inves de calar

E se for assim
que dor
sem amor
pobre de mim
miserável ser
morreu sem perceber


CALADA
Teu não me feriu
você nada sentiu
alguem a mais
que você subtraiu

A porta fechada
a boca calada
a mala na estrada
e eu desenganada

O sentimento trocou
o amor enganou
voce recuou
e o meu pranto ficou

Fiquei nua
crua
na tua.
Estou de pé
mas minha vontade é cair

quarta-feira, julho 26, 2006

Cansei do amor

Queria eu agora sair desse dilema. Estou quase perdida novamente. E ele nem liga (literalmente). Preciso aprender a não amar, e não me venham com essa conversa de que o amor chega na hora certa. Algumas pessoas cansam do trabalho, outras cansam da rotina, e eu cansei do amor. Eta coisinha complicada. E já ouvi falar que o erro está no jeito de esquecer, ou melhor o modo que estamos lembrando, não nos libera pra esquecer. Então chego conclusão que tenho que pensar em coisas ruins que o amor me deixou. Minha nossa e tem coisa, não consigo pensar nas boas, alias acho que nem teve boas...Já terminei 574 vezes isso com o mesmo cara. Fora o resto que imagino estar durando quando vejo pluft, já eras. Não quero mais responder aos chamados eufóricos do amor. Ele que procure outro consolo. O amor é uma criança, que quando quer brincar te chama, mas quando percebe que você está ganhando diz que não quer mais jogar e sai correndo. E você fica ali esperando que ele volte, e lá no fundo sabemos que não volta.
O amor vai e leva todo com ele. Ficamos ali no chão, amparados pela solidão, pela ausência e pela saudade, e daí em diante temos que levantar sozinhos, e tentar despachar esses acompanhantes. Já dizia o poeta: “ a vida é breve, e o amor mais ainda”.
Então, ou você se acostuma que ele chega e parte quando ele quer, e tenta aproveitar enquanto ele esta por perto pra viver intensamente, ou foge a vida toda, pra não ter que ser amparado por aqueles sentimentos terríveis.
Eu escolho fugir, por isso começo e termino, mesmo que já esteja impregnado na roupa.
É melhor não se entregar, e fingir que dominou, se escondendo, a ter que molhar todos os dias seis da face que nõ tem nada haver com isso.

Grazi Dusurf

Esta manhã

Esta manhã tinha algo diferente. Não sei se foi o sexo de ontem, ou a realidade que despencou na minha cabeça, mas sei que acordei estranha. Estranha e feliz.E aí vem a parte melhor, parei para refletir ou "filosofar" como diz meu amigo Jacques, e acabei por descobrir tantas coisas que custamos para encarar, ou acreditar, por medo, acomodação, ou e principalmente o que a sociedade nos mostra todos os dias.
Descobri que não somos repetições de nós mesmos, que o que eu fui ontem e anteontem já é memória. Escada vencida de grau por degrau. Que cada um de nós tem obrigação de arrumar uma maneira menos burocrática para ser feliz. Não temos que ficar seguindo regras, certo ou errado são convenções que se confirmam com meia dúzia de atitudes, que o que é certo pra mim, pode ser errado pra você, e por isso temos a liberdade de expressão, e o direito de ir e vir.
Que tudo na vida é provisório inclusive nós e que a gente não sabe nada até que chega nossa vez! Ensinar teoricamente os outros, falar sobre morte, assalto, doença, dor, amor, e outros tantos sustos da vida. Nada sabemos, até que um dia acontece conosco. Então, em segundos sabemos exatamente o que aquela pessoas sentiu naquele momento.
Sabe o amor permanente? Ele é uma ilusão. Pois se nem o amor por nós mesmos resiste tanto tempo sem novas reavaliações, como vamos amar permanentemente a mesma pessoa,do mesmo jeito. Necessitamos de mudanças, e temos que primeiramente nos amar, então temos que revalidar sempre o nosso amor, por isso ele tem altos e baixos, ele se transforma junto com a gente.
A cada novo amor, descobrimos e consertamos um erro nosso. Trocamos o pior pelo melhor, de quem somos, das nossas virtudes, de nossos paradigmas, dos nossos preconceitos. Aprendemos e também ensinamos. Cada vez que nos apaixonamos estamos tendo uma nova chance de acertar. Estamos tendo a oportunidade de zerar nosso hodômetro. De sermos estreantes. Uma pessoa acaba de entrar na sua vida, você é 0km para ela. Você tem o melhor sentimento e vice-versa, e isso dura o tempo suficiente para fazer você olhar a vida de um outro jeito, outro ângulo. Você sempre carrega um pouco do amor que acabou. Por mais tosca que seja a outra pessoa, você sempre aprende algo. E é assim que vamos escrevendo nosso destino, nossa estrada.
Que bom que está manhã consegui entender, que nunca perdemos, e sim acrescentamos algo em nossas vidas, e que aprendemos muito mais que ensinamos, que as vezes na correria das horas não nos damos conta de como somos felizes.

Grazi du surf

Ela não sou eu

Queria saber onde está aquela outra mina, que não habita mais o meu corpo. Onde ela foi parar? Essa que aqui está não sou eu...Não sou assim! Que ser é esse que tomou conta do meu corpo, que faz lágrimas rolar? Onde está aquela porra-loca de araque, vai dizer que fugiu? Aquela toda metida a besta, alienada de romantismo, moderadora do sentimento, atriz de filme Francês. Quem abriu o portão pra ela sair? Que deixou essa mexicana entrar?
Quem é essa dramática piegas, carente sofisticada?
Estou nua de mim mesmo. Quero voltar a ser quem eu era.
Nada funciona, ensaio todos os passos, mas não tenho resultados. Sinto falta de mim, sinto saudades daquela outra, doida de pedra, mulher maravilha.
Que ser é esse que não me ajuda, não me alegra, não me orienta? Que mediocrezinha me tornei! Virei uma bosta de um pote de mel puro, com os favos a mostra! Idiota, me tornei idiota! Escrevo as cinco da manhã, o rapaz do rádio está dando bom dia há horas, e eu aqui parecendo um robô sentimental e insano.
Nada funciona desde então! Não há bandeiras impostas, nem rostos sofridos!
O vazio toma conta da alma, mas o coração nunca esteve tão aliviado! Começo a sentir enjoo, nausea desta mexicana ignorante que me domina! Vou vomitar, amanhã depois de um chá estarei melhor, mais aliviada. Depois que essazinha for embora prometo surpreender. Por enquanto vou aguentando. Vaca sem vergonha, não é dignas desse corpo guerreiro! Vai embora e leva esse amor hospedeiro.
Grazi Dusurf

terça-feira, julho 25, 2006

Eu leso

Carta a minha grande amiga Clarah... Achei o título pro meu livro, demorou mas saiu, ufa! Estou eufórica, e aprensiva ao mesmo tempo..Não quero estar entre os dez mais vendidos, seria muita petensão de minha parte, mas quero que cause alguma polêmica, que irrite alguém, ou confunda muita gente. Mas isso é bem mais fácil do que imaginei! Ah, continuo daquele jeito "hollywoodiana", me apaixono facinho-facinho, e desapaixono também...Consequências desse meu "jeitinho" intenso de viver, como se não houvesse amanhã. Foda-se o amanhã, eu quero pra ontem! Quero vida, quero alegria, quero suor, quero boca, quero braços e abraços. Quero gente louca e com fome, com desejo. Quero pessoas que morram de vontade. Deixei de ser a "mulher maravilha", até porque não tenho mais tempo, e também porque descobri que prefiro ser a SHE-RA! Clarah, temos que entender que precisamos dos homens. Hipocrisia a nossa querer provar o contrário. Somos a pior raça que existe, temos tudo na mão, e basta um "clic" no sutiã e tudo estará resolvido. Mas, nosso "ego-centrismo", vai muito além...Queremos que adivinhem nosso pensamento, que nos sufoquem e nos libere no mesmo instante, nos entregamos sempre com segundas intenções...Somos assim, meninas-cafas, mais cafas do que meninas...Mandei todos pra Eslovênia que os pariu, e o que me adiantou? Ficar nessa praga de Internet o dia inteiro, pareço um zumbi, sinto dor nas costas, e ninguem ao lado...Temos que nos fuder mesmo, senhoras "Kamikases do amor"...Viúvas-negra, é isso que somos. Lembra da frase: "o que eu não ganho eu leso!"? Não ganho porque quero do meu jeito. Como eu quero e quando eu quero. Então, eu leso! Tenho medo de em outra vida não ser eu, e ter que conviver comigo..Eu não suportaria...Eu não me aguento!

segunda-feira, julho 24, 2006

Á Flor da pele

Ah, tem uma música do Zeca Baleiro que diz :"...estou tão a flor da pele, que qualquer beijo de novela me faz chorar...", então, é assim que me sinto. Meu coração amoleceu, cedeu a tantas pressões externas e as pessoas maravilhosas que tenho encontrado. Claro, que ainda alimento alguns tabus, e tesão ultimamente só sinto pelo trabalho. Ah, pelo médicos também, pois não tem como não sentir tesão em persuadir um médico, em afinar a voz pra ele, "baixar a guarda", mostrar total disponibilidade... Sim, porque, subir no salto com eles é perder cliente. E como quero ir pra Nova York daqui dois anos, não posso me dar ao luxo de ter crises "feministas", só para alimentar meu ego! Fora a paixão pelos amigos, e o tesão pelo trabalho, a vida tah uma inércia.Chata pra cacete, e sem cacete(hihihi)! Trabalho dez horas por dia, passo vinte horas do meu dia, conectada á internet, sendo que dezoito dessas eu fico no Mell. Não tenho mais tempo pra academia, nem pro banho-de-sol ao meio dia. Não fico mais imitando a Britney na frente do espelho, me achando a "sexy simbol". Tomo horrores de café, sim pois não tenho dormido mais que quatro horas por dia. Daí, quando termino tudo antes e vou deitar mais cedo, o sono não vem, claro tomei café o dia inteiro! Queria sair pra balada (ah, bons tempos aqueles do GÊ...), dançar até amanhecer, mas ultimamente tem me dado uma "bobeira" depois da segunda Polar. E o pior de tudo, é que olho para o relógio, devo mesmo estar trabalhando muito, nunca olhei pro relógio numa noite de sexta-feira á noite. Quero ir as compras, comprar uma minisaia, umas Baby-look, uma sandália sexy, uma blusa "tomara que me coma!" Aprendi coisas essa semana, com leituras, e com pessoas. Brochei. Amei. Pensei. Gritei. Cantei. Chorei. Motivei. Admirei. Falei. Deletei. Abracei. Me entreguei. Tirando meu corpo que tá um "desastre ecologico" (nem o Renew, eu tenho usado), o resto tá bom pra caralho! Então, essa semana vou deixar as Trakinas e o Xis do Cavanhas de lado...Vou pegar uma corzinha. Aprender umas piadas, dançar com alguém, e ou, para alguém. Não julgar as pessoas por imagens. Fazer minha Tatoo no ombro. Chega logo segunda-feira, por enquanto, já comecei uma Dieta. Vou ser uma madrinha de bateria de presença, vou sair na Revista Caras...hehehe

domingo, julho 23, 2006

Falsa Realidade

Existe uma coisa certa nesta vida é a de que somos autenticamente reais. Claro, cada um do seu jeito, com seu próprio código de barras, porém todos de carne e osso - até que a morte nos separe. Não somos personagens ou criações de Steven Spilberg e seus amiguinhos holywoodianos, somos Homens recheados de defeitos e qualidades, alegrias e tristezas. Solidarios ou não, com direitos e deveres. Naturalmente sentimentais, com dores e amores, sortes e azares, com muitas idas e vindas, partidas e chegadas. Não temos manual de fabrica, viemos sem bula, sem curriculo ou carta de recomendação. E isso por sua vez nos torna complexos, diferentes, meio complicados e loucamente apaixonados. Somos reais, tão reais que ás vezes machucamos. Depois de uma certa idade começamos a ficar nocivos, perigosos, e partir daí começamos a criar um mundo particular completamente inatingível. Um mundo cheio de muros, de regras, com limites, opiniões concretas e pouco, bem pouco, sentimento. Alguns estudiosos chamam isso de "lei da sobrevivência", eu prefiro chamar de "auto-defesa-infantil". Conheço pessoas que simplismente fecharam-se em seus castelos, construídos com falsas pedras, angústia, ou infinitos momentos de solidão, onde se tornou mais fácil arquitetar um comoda defesa, uma estratégia de auto-flagelação. Tudo bem, seres reais, globalização, livre arbítrio...Mas, normalmente este tipo de gente, cultuam suas próprias leis, e fazem isso parecer universal. E aí eu pergunto: não seria melhor a ficção e seus heróis que vão á luta? Será que o mundo não está sub povoado de vários mundos- com seus umbigos á mostra ? Que falsa realidade é esta onde só fizemos o que nos interessa, onde é melhor inventar um mundo só meu, do que ter que salvar um planeta de mim mesmo...

sábado, julho 22, 2006

Coração Vazio

Cheguei já era tarde, alta noite, sozinha. Em outros tempos mergulharia numa garrafa de vinho, hoje foi diferente. Tirei minhas roupas, deixei a água escorrer pelo corpo, na tentativa de calar, ficar inerte, molhada, nua, sozinha. Em alguns momentos retirei-o do coração, outrora, hoje não mais conseguiria . Desliguei as luzes, fiquei apenas sob a palidez da lua. O vento que fazia o balé das árvores, era o mesmo que balançava as cortinas, e me trazia a saudade - Doença incurável, que dilacera o coração. Saudade é veículo de dor, tristeza oportuna, que chega como um prenúncio de que estamos doentes, e não há cura descoberta, nem analgésicos, um tumor que um dia foi benígno, nos traiu e agora nos sepulta - . Não tive coragem de chegar ao quarto, e então fiquei a observar a lua. Quem sabe passar a noite ao relento, lento, vazio, desconcertante, gelado. Assim, comprimindo a alma, disfarçando a solidão, contestando com o pensamento, em frente a paz do passado, com a angústia do presente, e a incerteza do futuro. Futuro que dispenso. Dispenso qualquer amanhã, dispenso viver com essa dor. Dispenso viver sem o amor. Meu coração dói, dissipa, dilacera, parece estar em milhares de pedacinhos. Aqui vou ficar, encolhida, expremida, sem vontade, com saudade...Sem amor, com dor...Suplico uma tempestade, uma chova intensa, para que eu possa chorar minha dor, por toda a madrugada sem que ninguem ouça ou perceba, que meu corpo já não encontra minha alma, e sozinho tenta colar meu coração vazio, despedassado...

quinta-feira, julho 20, 2006

Conflitos

Parei no farol. É complicado continuar, seguir adiante, quando temos muito a perder, ou a ganhar. A Inércia prorroga o mais inexplicável dos sentimentos, ela esfria a pseudo adrenalina da escolha. Partir ou Ficar. Pegar ou Largar. Sendo do seu mundo para outro, do seu amor para outro, de sua vida para outra. Constantemente paramos no farol, ao longo do caminho. Ás vezes, e na maioria delas, não nos damos conta de que estamos ali, estagnados, patéticos, parados de frente para o problema, perplexo, com várias saídas, quase sempre com as respostas, todos eles com suas soluções. E ali ficamos, preferimos parar, adiar nosso "divórcio", nossa separação interna. Pois, qualquer mudança exige abandonar algo. Conflitos que temos, as discuções internas, sobre nós. Aceitar e seguir adiante, ou lutar , reverter, virar o jogo , seguir adiante. Abandonar a culpa, que é uma mala que carregamos para nada, vamos de um lado a outro e aquele peso nada muda. Deixar a mala da culpa, ali mesmo naquele ponto, seguir adiante, sem peso, mais leve. Levar apenas as leves plumas da esperança e suas expectativas. Todos nós , seres com um cérebro, um coração, membros superiores e inferiores, providos de uma alma, todos nós sem excessão, num determinado tempo em nossa vida paramos ao meio do caminho. Temos que decidir se continuamos pela tranquila direita, ou optamos pela caótica, porém emocionante esquerda. Temos que aproveitar e abandonar a culpa, que nada mais é que uma mala pesada que carregamos de um lugar à outro sem sentido, um peso carregado a esmo, nunca diminui ou aumenta, então o melhor é livra-se dela. E assim é a vida nos paralisando, a fonte da verdade brotando, é dever separmos do que não está dando certo. Divorciar-se de nós mesmos, de nossas teimosias, de caminhos tristes e incertos. Desilusões devem ser abandonadas, as ilusões também. Divorciar-se de nós mesmos, sair de nós , tentar ver-nos de fora, quem somos, o que queremos. Fazer o que se ama, viver como o derradeiro combate, saber que o que inflama a alma, se traduz felicidade.

quarta-feira, julho 19, 2006

Pedido

Chega de pudor
amanhã vou sair a mercê
de quem me querer
onde não tenha amor

Quero o insano
talvez desumano
Nesse mundo de reis
serei apenas freguês

Nada vestirei
nenhuma lágrima derramarei
Nos olhos uma venda
para que ninguém entenda

Como um farçante
um perigoso assaltante
serei escrava
serei amante

Apenas nessa noite
paz e guerra
céu e terra
a esconder o tesouro
a alma de ouro.

terça-feira, julho 18, 2006

Nossos advogados

Dentro de nós habitam dois seres, um bom e outro mau. Quero dizer uma lado que pensa em boas ações, e outro que não pensa muito, se é que vocês me entedem. Poderíamos denominá-los de várias maneiras: consciente e subconscinete, dia e noite, lado A e lado B(como os antigos discos de vinil), cão e gato, água e vinho, certo e errado, anjinho e diabinho e outros tantos. Porém, não é o nome que representa estes seres, e sim as características e os aspectos fundamentais para que eles entrem em ação, quando e como.
Por exemplo: se você achar uma mala de dinheiro no aeroporto, um fica dizendo: - vamos leva pra casa, deposita no primeiro banco.... Enquanto o outro humildemente diz: - É claro que você vai devolver, este dinheiro não é seu, e se for um pagamento de resgate?
Somos sempre colocados á prova, e temos como conselheiros esses dois "advogados", que te fazem resolver as situações por você mesmo, no qual quem se ferra de qualquer forma é você!
Bom, como não sou deste planeta, descobri á um tempo que os meus "advogados" são diferentes. São eles: o bem capaz você ta louca! E o outro: azar não sou perfeita mesmo!
Então esses dois tem trabalhado tanto, que parecem estressados um com outro, resolveram chamar há alguns meses um outro ser : o tanto faz! Bom, esse pobre coitado pra ele tudo éstá bom, desde que não se comprometa com nada, nem ninguém!
Acho que vivi os últimos seis meses assim só ao lado do "tanto faz!
Era tanto faz pra lá, tanto faz pra cá. Mas esse final de semana os outros dois voltaram, e novamente começou o zumbido no ouvido:- Bem capaz você está louca! Ahhhhh azar eu não sou perfeita!! Um lado tentando me convencer que não sou louca, e outro me dizendo que não sou perfeita; na verdade me trouxeram novamente a vida, a escolhas, a dignidade. Matei o "tanto faz" que estava me possuindo, e graças a esses dois seres que nos habitam voltei a acreditar que estou viva, e louca ou imperfeita (sei que sou os dois) vou me equilibrando, e volto a entender outra vez o milagre de estar vivo!

domingo, julho 16, 2006

O amor é uma dor

(urgh!) Que título ridículo, mas é a mais pura verdade. O AMOR é uma DOR. Acordei lá pelas tantas embriagada, bebi todos os drink's e licores de morango, joguei fora metade da tequila, mandei ela pelo buraco da pia (acho que deve ser bom pra desentupir algum cano). Nada é mais como antes, tudo nublou, despenquei da nuvem. A saudade é uma ferida aberta, não aceita nada sobre ela, qualquer paliativo é mera ilusão. Se tem dois sentimento que não se separam nunca: o amor e a saudade. Ele não saí da minha cabeça e já faz uma semana que não o vejo. Ontem olhei velhas fotos, tudo lembra ele: o cereal, os peixes, o Fidel (nosso york- que agora é meu). Minha mão caminha sobre o telefone, vai e vem diversas vezes. Mas não vou roubar seu tempo , eu ja roubei demais. Quem sabe isso pasa sendo eu tão inconstante. Continuo tentando encontrar explicações, achar um culpado. Me sinto roubada,os dias não são o mesmos. Quero fugir de tudo isso. Quero ibernar, acordar daqui um tempo e ser livre dese sentimento que agora me causa tanta dor!


Vida Que Não Pára
(Odair Jose)
máquina que voa
quanta gente andando à toa
coração de ferro
mente de metal
nasceu no espaço sideral
conte comigo
sou seu amigo
pode confiar em mim
não tenha medo
não faça segredo
pois a vida não é assim
você que pensa que o mundo é quadrado
você que pensa que o amor não existe
você que acha que anda tudo errado
por causa disso é que está sempre triste
gente bem de vida
povo da favela
casa que não tem janela
mundo sem prazer
noites de agonia
quem levou minha alegria?

Agranel

Dormi chorando. Acordei quase. Tomei café. Saí chorando de casa...Chorei, chorei, chorei toda a Castelo Branco. Minha trilha sonora foi Ana Carolina, e meu escudo os óculos. Eu to com o rosto inchado, ainda por causa da cirurgia. Mas, o que mais dói é o peito. Não sei o que é pior a FALTA ou a AUSÊNCIA. A canção tocou na hora errada, e eu que pensei que sabia tudo, mas se é você eu não sei nada... Perdi o rumo, o prumo. Despenquei da nuvem e só consigo chorar...Á tarde ele mandou msg avisando que tirou A no TCC, e então acabou o sonho mesmo. Ele tem que desaparecer, eu tenho que esquecer, mas por onde eu começo. Acabou agora está tudo acabado, veja lá vem a tristeza atirando pra todos os lados...SAUDADE, se você não me escuta eu não vou te chamar...O amor mudou de cor, agora já está desbotado. Já conheço os passos desta estrada sei que não vai dar em nada, seu segredo eu sei de cor, já conheço as pedras do caminhos, sei também que aqui sozinho eu vou ficar muito pior....Que amanhã seja melhor , menos traiçoeiro, mais sorrisos...Dói, dói muito. Lá vem o turbilhão de lágrimas, ninguém merece isso, nem vc e muito menos eu!Fico a espera de uma migalha: um email, uma carta, um telefonema, um OI com esperança...Eu sei de onde vim e pra onde irei, mas sem vc eu fico sem saber onde estou!...