quarta-feira, outubro 10, 2007

Mais um que se foi

Escureceu o céu de anil. Perdi meu ego na tempestade de ontem a noite. Desistiram de mim, do meu riso fácil das minhas sábias palavras, desistiram de me levar, de me ter, de me amar. Me perdi no labirinto das seratoninas, dos anti-depressivos e até dos antiepiléticos. A louca aqui está sozinha. Todos estão dormindo, sonhando com meu sorriso, em um ataque irônico, sarcástico, projetado por aqueles palhaços e seus cabelos sujos e seus cobertores imundos com seus pitacos de cigarros, novinhos recém largados ao chão. Ele me esqueceu. Na verdade escolheu deixar de lembrar. Fui uma escolha justa, igual á tantas outras, BURRA! Preciso contar o que todos já sabem, já viram! Que vazio , que moleza, que falta de pressão. Estou me perguntando se abro a janela, ou se deixo o mundo escapar?! Talvez seja melhor rezar, dormir ajoelhada, como fizeram os pagões. Por que me quereis aqui? O que quereis de mim ainda? Há de haver um belo repousar, uma chave que abre esse lugar, que me tire do castelo pra que eu possa respirar. Por enquanto reverêncio as noites de sábado onde passo á bailar. Obrigada por não roubar isso de mim. Boemia, ninharia, esperança minha: aqui me tens de regresso! E as lágrimas, por gentileza que se acomodem na chapelaria.