domingo, outubro 07, 2007

Revolta

Parei de jogar para escrever, está pulsando aqui dentro, não tem como ficar indiferente, se bem que ultimamente é o que tenho feito com mais freqüencia.
Por mais fudido que se esteja sempre há uma saída, porque você está fudido e não morto. Quem sabe se eu conseguisse chorar, mas vai entupir o nariz e já cansei o coitado toda a semana, deixa quieto. Beber!!!? Estou tão deprê que beber sozinha nem cagando! Fumar!? E a bosta da asma faz chiar o meu peito desde sábado, hoje, que acordei melhor (até dei banho no cachorro) sinto falta de ar só de pensar no cheiro do cigarro. Maconha!? Tem o lance da fumaça, e eu não sei tragar, nem onde encontrar, e vai me deixar "na paz", e se tem uma coisa que me irrita neste momento é a tal da "paz". Medicamentos!? O de sempre, sempre o mesmo e ficar grog e dormir? Nem fudendo!!!!
Quero anarquisar, guerrilhar, sabotar, irritar, incomodar, gritar, me espalhar...Estou com muito tempo pra nada, qualquer coisa que você pensar, eu, tenho tempo de sobra. Seria o ócio o que me martiriza? Pode ser, com certeza, é o ócio!! Ócio marginal, mesquinho, cruel, que fere a pobre alma inerte, que tenta desesperadamente se apegar em algo ou alguém, um fato, uma notícia, uma sorte a ser lançada. Puta que o pariu, uma luz!!!!! Quero trabalho, saúde, o escambal! Quero uma chance de ter chance, já que as oportunidades não chegam através do ócio, já que estou a ponto de cortar os pulsos, de me mutilar, violentar, estragar com tudo mesmo, comigo inteira tipo serviço completo mesmo. Enquanto isso eu vou navegando pelo mar, sem ter um porto quase morto, sem um cais e eu nunca vou te esquecer, mas a solidão deixa o coração nesse leva e trás.