terça-feira, abril 10, 2007

Á deriva

Minha vida, tua vida, nossas vidas não vão se encontrar.
Acostumei com a solidão não pretendo mais voltar.
No meu peito batem não sei ainda mas parece um alarde
De uma dor que não cessa, que não grita que não quer calar.
Dentro de mim arranha, e morde feito piranha, dilacera meu coração.
Feito pitara me sinto um guerreiro bagunceiro
Que rouba sentimentos sem ninguém me oferecer
Meu baú está cheio não de jóias nem tesouros
Nem ouro tenho á oferecer
Tiro tua paz , só pra ver se és capaz de me amar pra valer.
Você não vem, meu coração te deixa escapar mais uma vez
Sou pirata, sou ladrão. Sou o erro da geração.
Aos trinta perdi meu navio, estou á deriva no rio,
Talvez oceano só vejo águas, meus olhos mal conseguem abrir,
Lágrimas salgadas teimam em submergir.
Estou desarmada, não posso pedir ajuda aos inimigos
Que ontem eram amigos, invadindo um navio que não é mais meu.
Estou aqui no meio das águas, ou seriam lágrimas, as duas são salgadas.
Não me chame deixe-me afogar
Tiraram tudo o que eu tinha,
Mas me deixaram,
A lua, o sol. O céu e o mar.
E que venha a tempestade
Estarei mais preparada com mais idade
Grazi Dusurf