domingo, julho 30, 2006

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Bom, como diz minha amada avó: “não adianta tapar o sol com a peneira”. Então vamos parar de cortejar a insanidade e dar um basta nisso tudo. Ele não me quer mais, claro que não era esta frase que eu gostaria de estar escrevendo, mas cá estamos sendo verdadeiros, e caindo(quase que literalmente) na real.
Chega de ficar se lamentando, alimentando sonhos que um dia foram e hoje não são mais, embora eu ainda sonhe. Basta de ligar, procurar ficar mutilando a alma, como se pedisse um trocado na sinaleira da esquina. Chega de falar dele, nele, ele. Chega!
Me proponho agora a sentar e assistir, como já fiz tantas vezes. Hora de esperar as voltas que o mundo dá. O tempo é o nome do meu aliado agora, só ele vai me dizer quem estava certo ou errado. O tempo diz coisas que os dias desconhecem. Então, vou deixar ele – o tempo – me contar o final desta história.
Quero levantar minha casa, minha oca, minha taberna, e por que não, meu castelo. Vou construir algo sólido onde eu possa sustentar meu corpo. E por incrível que pareça cheguei aos trinta e agora me deu conta disso. Não há mais o que esperar logo vem os quarenta.
Dos caminhos que trilhei este não vai ser o mais cruel, porque o mais cruel eu venci, e hoje estou aqui a escrever graças a ele. Que venham os bons ventos, estou aberta á eles.
Sem me enganar, disfarçar ou achar uma desculpa. Caí é pronto. Dói? Dói!! E como dói, parece até que arde. Prefiro a ferida aberta cicatrizar sozinha, a ter que colocar ataduras, pois elas sempre caem.
Começa uma nova etapa, levantar é um mérito. Reconhecer a queda é uma grandeza.
Não há herói que não tenha se machucado. Não somos perfeitos, todas as criaturas estão no mesmo barco procurando, amor, sexo, reconhecimentos, segurança, justiça e liberdade. Algumas coisas iremos conquistar, outras não.