quarta-feira, julho 26, 2006

Ela não sou eu

Queria saber onde está aquela outra mina, que não habita mais o meu corpo. Onde ela foi parar? Essa que aqui está não sou eu...Não sou assim! Que ser é esse que tomou conta do meu corpo, que faz lágrimas rolar? Onde está aquela porra-loca de araque, vai dizer que fugiu? Aquela toda metida a besta, alienada de romantismo, moderadora do sentimento, atriz de filme Francês. Quem abriu o portão pra ela sair? Que deixou essa mexicana entrar?
Quem é essa dramática piegas, carente sofisticada?
Estou nua de mim mesmo. Quero voltar a ser quem eu era.
Nada funciona, ensaio todos os passos, mas não tenho resultados. Sinto falta de mim, sinto saudades daquela outra, doida de pedra, mulher maravilha.
Que ser é esse que não me ajuda, não me alegra, não me orienta? Que mediocrezinha me tornei! Virei uma bosta de um pote de mel puro, com os favos a mostra! Idiota, me tornei idiota! Escrevo as cinco da manhã, o rapaz do rádio está dando bom dia há horas, e eu aqui parecendo um robô sentimental e insano.
Nada funciona desde então! Não há bandeiras impostas, nem rostos sofridos!
O vazio toma conta da alma, mas o coração nunca esteve tão aliviado! Começo a sentir enjoo, nausea desta mexicana ignorante que me domina! Vou vomitar, amanhã depois de um chá estarei melhor, mais aliviada. Depois que essazinha for embora prometo surpreender. Por enquanto vou aguentando. Vaca sem vergonha, não é dignas desse corpo guerreiro! Vai embora e leva esse amor hospedeiro.
Grazi Dusurf