sexta-feira, novembro 03, 2006

A Casa dos Descasados

A grande maioria das pessoas, mais cedo ou mais tarde,
acaba se apaixonando e casa. Bom ou mal, o objetivo é ser feliz,
ao lado de outra pessoa, pelo qual queremos passar o "resto de nossas vidas".claro que prática, as coisas não funcionam desta maneira.
Mas, mesmo em pleno século XXI, muita gente ainda se casa.
E como na vida, enquanto alguns vão á lutam, outros se acomodam.
uns dão "a cara para bater", enquanto uns choram outros vendem lenço. Enquanto uns casam-se, outros separam-se.

Se terminar um namorico já é complicado, imaginem então um casamento? Pensamos que "juntar os trapos" é difícil. Mas ainda temos algo que nos move: o amor. Agora, imaginem quando temos que "desajuntar os trapos". Sobra para todo mundo, até para o papagaio. E se quem casa quer casa, quem descasa não escolhe muito. Alguns psicólogos, acreditam ser esta a pior fase da vida: a Separação. Então, da caminha quentinha, e beijos todas as noites. Vamos rapidamente as noitadas de bebidas geladas e pessoas mais ainda. Beijos????
Em quem quiser. A hora que quiser. Porém, sem exclusividade. É um
verdadeiro SPAM de salivas. E aí entendemos porque casamos. E o dilema agora é: sabemos por que casamos. Mas não queremos separar novamente. Ou pelo menos tentamos nos convencer disso.

Em minha família, somos setenta por cento separados. Os motivos
são os mais diversos. Mas, ainda acredito que somos temperamentais, e desassossegados, sendo assim, é raro algum pretendente.

Esse ano, meu primo também largou a vida de casado (ex casados, não costumam usar a palavra: separados). E como a mãe dele também já passou por isso, a história se repete. As dificuldades são as mesmas. E sempre terá um recém ex-casado. E assim a Casa dos Descasados vai enchendo.

Na última quinta, aproveitamos à chuva e o frio. Bebemos vinho. Fomos papear na Internet, e acabamos alcoolizados e sonados. Nós três. Separados e amontoados. Amontoados de amizade,
risos e opiniões. Ex casados de comodismo. Da prisão.

Na Casa dos Descasados, não temos hora para comer, nem beber, e nem dormir. Temos hora para entrar na Net. Cada um com seu dia. Somos parceiros de sábados e domingos. Longos domingos. Somos felizes com nossos Blog's, e-mail's e MSN's. Não deixamos de amar, apenas demitimos as regras do matrimônio, da rotina, do conformismo. Trocamos os beijos, e a cama quentinha, simplesmente por mas dignidade e a tão sonhada liberdade.
Grazi Durf