sábado, setembro 09, 2006

Nossas Catástrofes

Há cinco anos atrás o mundo foi vítima de uma catástrofe, particularmente os cidadãos novayorquinos, e principalmente os que presenciaram os ataques as torres do World Trade Center. O mundo nunca mais foi o mesmo. Nós que assistimos a tudo sentados no sofá, parecia trailler de um filme, na verdade parecia impossível de ser real, mas era a mais pura e visível realidade, o mundo estava amendrontado, todos os povos sentiram-se invadidos, nós trememos e por minutos parecia que o mundo iria acabar. Cinco anos depois, relembramos ainda indignados e boquiabertos, ainda custamos á acreditar em tudo que vimos naquele dia.
Todos temos uma catástrofe na vida. Um acidente, uma morte, uma perda (amor, emprego, amigo), uma falha, uma falta, um tombo, uma doença. Atire a primeira pedra quem nunca se sentiu injustiçado, quem nunca tremeu, e ou foi ao chão. Quem nunca teve que deixar algo para traz, quem nunca abandonou alguém. Levante a mão quem nunca sentiu que iria desmoronar diante de um fato de sua pacata vida. Quem aqui passou por um perigo real como aquele de 11 de setembro de 2001?
Todos já tivemos um desastre na vida, esses que deixam sequelas somente para nós mesmos, catástrofes que nos fazem chorar, sofrer e crescer. Então , deixemos de drama, já tivemos muitas vítimas, muitos inocentes morreram, familiares perderam seus entes queridos, civis ofereceram suas vidas para salvar outras. E o mínimo que devemos fazer é viver, seguir adiante, superar qualquer momento triste, pois o nosso sofrimento, por mais que seja doido, feriu uma pessoa só (no máximo duas, no caso de um ex amor), encontraremos milhões de pessoas durante nossa existência que tenham sofrido um desastre, mas nunca o mesmo, ainda mais quando ele foi premeditado, kamikaze, terrorista em apenas uma manhã, que tinha sol, amigos, sorrisos, telefonemas e etc. Numa manhã onde ficamos expostos ao carrasco, onde presenciamos o mal, onde tivemos vergonha de sermos humanos, de viver num mundo em que temos que provar o poder, onde homens matam á si próprios como se não tivessem nada melhor pra fazer. Como se não existisse, o amor, a dor e a infinita saudade.