quinta-feira, agosto 10, 2006

O infinito

A imensidão das águas desapareceram junto ao meu pensamento que se perdeu no horizonte, onde exatamente eu não sei...Na verdade, eu não sentia a respiração, nem o peso exato do meu corpo, que corpo? A alma refletia no alto do morro, que era a única testemunha que lembro ter visto depois da beleza da água que não me deixava crer naquilo que eu vivia...Exatamente aos quinze minutos de bordo, desenhei meu caminho até o infinito do mundo, e depois me vi onde a meses queria estar, fora do mapa....É a sensação mais plena e reconfortante, é a tal PAZ...é um instante, que pra muitos é pouco, mas pra mim foi infinito...É o conjunto da obra que os escritores não conseguirão projetar ao papel, que as palavras por mais desenhadas e rabiscadas que sejam, não ousarão definir...Não por amor, nem por amar..só senti isso uma vez na vida, e descrevo apenas que não consegui andar nas primeiras horas depois da ascensão... O desenho aqueles da escola em que tentamos ingenuamente, transpor, ou mais precisamente desenhar, um por-do-sol através das montanhas, é um imenso e desmedido erro de conduta... mais um daqueless desfalques a que somos submetidos na escola...Como desenhar um por-do-sol sem vê-lo, ou ainda melhor contempla-lo, entendê-lo, contorná-lo, penetra-lo....compreender o real motivo, o por que de estar ali, um sol tão lindo recostando-se na montanha, que esperou o dia todo por ele.Piegas, sim sou...Quero transceder-me e viver nesta pieguisse humilde e absoluta, ao descobrir a felicidade dentro de mim, dentro da alma, bem ali, ali enfrente perto da sombra daquela nuvem...Muito além daquelas frases feitas que passei lendo esses últimos meses, as sílabas por mais tônicas e soletradas, nunca saberão contar para este teclado a incógnita de ter visto a alma não oscilar sentimentos, abraçar o infinito e esculpir as águas com a ajuda do vento .