domingo, agosto 06, 2006

Silenciar

Contra o vento que sopra, sem emoção, estou fria como nunca, seca, ácida, tosca novamente. Pode ser que depois da tempestade, o sol volte a brilhar, mas parei de alimentar esse tipo de esperança, aliás não há esperança. Fechada a porta, mesmo desajustada sigo me moldando ao que a vida tem me oferecido. A personagem volta a ação. Sem crise, nem traumas. Não vou entregar o jogo, nem dar ouvido a promessas, o que tinha que ser feito já foi, é passado, que embora mal resolvido foi o que vingou. Silencio em qualquer presença, pois palavras exatas não encontro neste momento. Antes era o verbo esquecer, hoje já nem quero lembrar. Ferida sim, mas não entregue. Amável apenas o necessário para ser esquecida.